quinta-feira, 5 de maio de 2011

RESENHA - LOLITA


Lolita - Nem tão santa assim... - Humbert era um homem europeu de traços fortes e com boa aparência. Teve uma vida conturbada e desiquilibrada. Numa grande oportunidade se muda para os Estados Unidos e, em meio a desencontros e tormentos, acaba conhecendo a sra. Haze, mãe de Dolores, a tão cobiçada Lolita de Humbert. Para ter "livre acesso" ao seu grande objetivo, nosso educado sr. Humbert se casa com o prêmio de consolação, a sra. Haze. Um casamento de breve duração, pois o destino se incubiu da morte da jovem senhora. Como "papai" de Lolita, Humbert corre o país com sua protegida, cedendo à todos os seus caprichos a troco de carícias proibidas.

O livro é de um tremendo bom gosto com o jogo certos de palavras e em nada poderíamos chamar de escandaloso ou imoral. Na verdade, acabei sentindo uma certa simpatia pelo moreno europeu, Sr. Humbert. Lolita é o grande demônio dessa história, um prodígio quando o assunto seria sexo. Nada infantil, soube manipular de forma surpreendente seu abestado "papai". A jovem criatura escolhe seu destino, faz o que quer, mostrando a Lolita forte, inteligente e nada ingênua.
Vladimir Nabokov foi imensamente feliz ao escrever esse romance. Lolita, de certa forma, mostra a tão acentuada sexualidade das meninas desse novo século. Sim, cada vez mais jovens mamães aparecem todos os dias no nosso convívio, por que então negar tal fato? Temos muitas Lolitas em nosso tempo.
Incesto? Pedofilia? Isso existe no romance, porém, me atrevo a dizer que o amor de Humbert era verdadeiro, sendo que Lolita foi sua única criança, buscando também pelo fato de que ela se ofereceu à ele quando já havia sido deflorada em seus tenros doze anos.
Não, meus amigos... não me julguem por essa resenha. Posso até chocar com a minha opinião, mas quando há consentimento não há estupro. Mesmo no caso de Lolita ser tão novinha e ainda considerada uma criança, mas o autor mostra com exatidão que Lolita sabia muito bem o que estava fazendo. Enfim, a minha opinião a respeito do livro em questão sempre será essa: Lolita era uma grande safadinha vigarista e aproveitadora.
Se revire no túmulo, sr. Vladimir e receba meus aplausos quanto ao tema usado e seu desenvolvimento, mas também receba minhas críticas pela imensa chatice que foi ler sobre todos os lugares em que aqueles dois pervertidos, padrasto e enteada, passearam pelo país.
Recomendadíssimo!

INTERNACIONAL VS. NACIONAL

Lendo alguns livros iternacionais, relendo alguns nacionais, notei uma grande diferença entre os nossos autores e os de fora: a enrolação!




Muitos de nós já devem ter lido um best seller e ter sentido que seria uma grande história, porém que ficou enfadonha em certo momento da escrita. Por que isso acontece? Pelo que pude perceber, detalhes em excesso, coisa que não agrada o leitor. Não precisamos dos mínimos detalhes sobre como determinada personagem viveu durante tal período. Queremos apenas o seguimento da história. Não preciso saber que tal pessoa vestia um sapato azul, com a roupa de fulano... não! Quero saber o que ela fez, o que aconteceu. Com um famoso "enchimento de linguiça" pra deixar o livro mais grosso - e não coerente, como seria o verdadeiro objetivo desses detalhes - , esses autores colocam descrições que se tornam repetitivas e chatas.




Um grande mérito dos autores nacionais - principalmente dos novos autores escondidos pelo Skoob, pelos blogs e editoras prestadoras de serviço - é exatamente esse: ocultar detalhes que não são de suma importância para a história em si. Nossos autores são práticos, suas histórias são rápidas e coerentes, sem detalhes esdrúxulos ou desnecessários, tornando sua obra gostosa de ler.




Avaliando esse assunto com alguns amigos e com a Nessie - administradora do Blog - percebi que a opinião entre todos é a mesma, a concordância sobre esse tema é geral e acredito que dos nossos leitores, ou da sua maioria, também seja assim.




Há uma estranha crença de que o livro - ou o autor - pra ser bom precisa escrever um livro imenso e tedioso, cerca de oitocentas páginas. Discordo! Já li obras incríveis com menos de cento e cinquenta páginas e percebi que o tema, a escrita, o assunto, os diálogos, são melhores e mais descontraídos de absorver.




Querem exemplos? O tão famoso Crepúsculo teve um tema abordado pela minha grande amiga Nessie - acredito que no segundo livro da série. Por que a autora descreveu como a protagonista limpava o banheiro de sua casa? Algo totalmente infantil e desnecessário, chato, enfadonho, detalhe que poderia destruir uma história com bons alicerces e fazer com que o leitor abandonasse a obra. Já no outro extremo temos o exemplo de vários autores - falando de brasileiros agora - , onde a leitura flui, simplesmente devoramos o livro e esperamos por mais e mais. Claro que temos também grandes excessões às regras, entretando acredito que já está mais do que na hora de darmos o verdadeiro valor que nossos autores merecem - INDIRETA PARA AS EDITORAS.








Sou Gabriel Amarin e desejo à todos um bom fim de semana.




Deixo vocês agora com um texto do livro ESHAN - O VALE DA VIDA de Nessie Araujo, um trecho de um dos capítulos que mais gostei e, com o perdão dos fãs, que deixaria Shakespeare se revirando de raiva no túmulo:








Uma música lenta começou a tocar. Para um poeta escritor, isso era mais do que suficiente para que sua imaginação começasse a agir. E foi o que ele fez. Pegou a mão da princesa e a levou até a pista de dança. Tomou-a pela cintura e a guiou. Nesse momento, os dois eram o foco dos flashes e de todos os olhares. Henrique era o convidado mais famoso e não foi fácil disfarçar o que ele sentia pela princesa. Seu fascínio ficava claro no modo como ele olhava para ela, no modo como tocava nela. Sem graça, Lilly bailava perfeitamente com seu escritor, como se os dois flutuassem em nuvens.
- Queria que o mundo parasse e só nós dois estivéssemos aqui, que esse momento fosse só nosso. - disse Henrique um pouco irritado com toda atenção que os dois atraíam. Eram as mais lindas pessoas daquele local.
- Seu desejo é uma ordem, meu senhor. - disse Lilly.
Sem pensar, convencida de que Henrique a amaria e a aceitaria do jeito que era, assim como Gabriel, Lilly faz sua mágica. E o tempo para. Somente a música e eles. Henrique olha em volta, não assustado, mas maravilhado. E pequenas luzes surgem entre eles, como minúsculos vaga-lumes a iluminar o momento que seria eternizado em suas mentes.
- O que é isso? - pergunta o escritor com um sorriso de uma criança.
- Minha mágica. - responde a princesa, voltando para os braços dele, acompanhando o balanço da música. - Um mundo só nosso, meu Henry.
Com essas palavras, o escritor faz o que desejava fazer assim que a viu nessa noite, ele a beija. Um beijo forte e delicado, poderoso e suave, congelante e abrasador. Um beijo como o de Athos. E no meio dessa magia, o beijo é tão poderoso quanto os outros. E sentem que se desejam, que precisam possuir um ao outro.
- Eu sinto algo por você, Lilly. - sussurra o escritor sem parar de beijá-la, intercalando palavras e beijos. - Eu quero e preciso de você.
- Não sou sua, não para sempre. Mas posso ser essa noite.
- Então me inebrie com o seu amor, use esse seu poder de entorpecer minha mente só com seus beijos e me ame essa noite, porque eu serei seu para sempre.
- Henrique... meu Henry. Você me ama e nem sabe quem eu sou. - murmurou a princesa de Gerizin. - Já perdeste a noção do mundo real e da fantasia?
- Sim, minha rainha. - respondeu o escritor, como numa brincadeira com a princesa a sua frente. - Creio que meu juízo já está perdido. E agora, para mim, tudo é fantasia e você é minha única realidade.
- Ou posso estar no limite dos dois mundos. Posso ser sua realidade dessa noite e sua fantasia quando eu me for.
- De qualquer forma só restará você em minha perturbada sanidade.
- E sua sanidade me permitirá partir depois dessa noite, meu poeta? - diz a princesa com um ar misterioso.
- Por que é preciso partir, minha rainha?
- Um beijo pode parecer o melhor prêmio de hoje, mas a mentira da fantasia é amarga no dia seguinte, grande escritor.
- Não seria essa fantasia mais do que mereço? Sendo assim aceito meu amargo castigo, que seria eternamente doce se ao meu lado pudesse estar. - e os olhos do escritor cintilavam, faiscando uma adoração pela princesa à sua frente. As palavras dele a derretiam, sua coragem a fazia se render.
- Doce escritor, mesmo que eu tentasse, jamais escaparia do fascínio que exerce sobre mim, por isso aceito a sua oferta. - e saindo da sua fantasia de palavras, ela sussurra ao ouvido dele: - Me ame essa noite e veja mais do que uma simples mágica acontecer, mas viaje na ilusão de um mundo novo e não saberemos mais onde ficará o limite da fantasia e da realidade. Podemos nos perder para sempre e você será um desvairado entorpecido pelo poder da minha sedução.
- Assim como está por mim?
- Assim como estou por você.
E mais um beijo entre eles mostra que o desejo era mais físico, existente, do que as palavras que o descreveram.
- Vamos sair daqui. - diz Henrique quando percebeu que ela quebrara a magia e todos podiam vê-los e adivinhar o que não puderam enxergar.




sexta-feira, 29 de abril de 2011

AMIGOS?

Hoje estive meditando sobre o assunto "amizade" e o que esse termo representa de verdade à todos nós. O que é amizade, afinal?

Pelos exemplos que tenho vivido na pele, sei dizer que amigos são aqueles que não te abandonam e não te julgam, mas te mostram teus erros e dizem: hey, vamos consertar tudo, tô com você pro que der e vier! <-- Isso é amizade.

Recentemente vi um caso estranho, porém sendo infelizmente normal em nossa sociedade. Amigos que abandonaram o barco e o deixaram à deriva com sua capitã sozinha e desemparada, segurando as pontas e vencendo. Mas ela não estava sozinha, entretanto, os verdadeiros amigos estavam em terra. E mesmo assim eles pularam na água, nadaram sem cessar e alcançaram o barco. Com novos marujos, essa capitã pode salvar sua embarcação e seguir seu promissor curso. E agora pergunto: onde estavam os marinheiros? Por que quando tudo ia bem, num calmo e sereno mar, eles estavam obedientes feito cordeirinhos e depois, quando a tempestade os alcançou - vale ressaltar que os próprios marinheiros provocaram tal tempestade - , eles desistiram de tudo e saltaram fora? Amizade, caros leitores... faltou isso.

Avaliando melhor as circunstâncias que levaram a capitã ao quase naufrágio, percebo que ela tomou a frente de tudo e assumiu sozinha os prejuízos dessa tragédia, salvando o sagrado nome de uma companheira de longas datas. Quanto a isso, faço mais perguntas: Amizade? Sim, a capitã foi amiga. Só quando tudo está bem? Foi o que fez a tripulação, salvo raras exceções.

Eu tenho muitos colegas, mas posso contar nos dedos os amigos. Nessie Araujo é uma delas. Verdadeira, fiel, corajosa. A vi aguentar os grandes horrores que a vida lhe apresentou e continuar firme. Ela não precisava salvar ninguém, poderia abrir o jogo e dizer: "hey, estou aqui só de passagem, a culpa é de fulana". Mas não. Ela foi amiga fiel, foi verdadeira. Corajosamente enfrentou o declínio social e, quando questionada por mim sobre o assunto, ela respondeu: "Biel, que o mundo caia na minha cabeça, eu aguento. Mas não vou trair minha amizade!"

Eu já admirava essa mulher, passei a idolatrá-la. Concluí que, se um dia eu estiver em grande perigo, poderei contar com Nessie Araujo e a força que a move nessa vida.

Blasé? Sim, pode até ser. O que importa? A amizade importa.


Meu nome é Gabriel Amarin e estou estreando nesse blog, com muito orgulho, pelo pedido que me foi enviado pela administradora dele, com esse assunto - um tanto polêmico, admito - que choca, chama a atenção, fere e traz alegrias. Pretendo estar presente a cada semana, sempre com um pouquinho da minha opinião, doa a quem doer.


Bom fim de semana à todos!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

RESENHA - A HOSPEDEIRA

Peregrina é colocada dentro do corpo de Mellanie, mas a memória da segunda não é esquecida, por mais que a alma tente trancá-la. A partir daí surge uma amizade, que faz a Peregrina amar todos os que fizeram parte da vida humana de sua hospedeira, correndo atrás de um encontro que ambas acreditavam ser impossível. Com a Buscadora, termo usado para identificar um chamado que certas almas recebiam, em seu encalço, Mel e Peg - Peregrina - saem numa suicida busca pelo deserto escaldante. E quando tudo parecia perdido, elas são encontradas pelos seus amados e mais uma turba furiosa de humanos que não acreditam em sua sinceridade. Mas Peg prova à todos que ama e que é possível ser amada.
Um livro totalmente adulto, impressionante, novo, abrasador. Sofri com Peg, amei com ela. Ian e seu fascínio pela alma qaue habitava o corpo de Mellanie é encantador. Jared é um homem prático que sabe o que tem que ser feito. O sacrifício de Peg, seu altruísmo, seu amor pelos humanos, não só a transforma de modo único, mas muda a todos que aprendem a conviver com sua presença, até o mesmo o carrancudo Kyle.
Uma belíssima história de amor em todos os sentidos, uma ficção científica recheada de intensos sentimentos. Uma obra nova e perfeitamente escrita. Se muitos odiaram a autora pelo seu modo de descrever os vampiros na série Twilight, podem agora admirá-la e amá-la por se fascinarem com A Hospedeira. Vale a pena ler e reler, pensar e refletir em cada palavra e gesto de amor que são contados com maestria.
Aprovado e recomendado.

terça-feira, 19 de abril de 2011

RESENHA - QUERIDO JOHN


John conhece Savannah durante a sua breve licença do exército americano. Duas semanas ao lado dela foram mais do que suficientes pra mudar sua vida e descobrir que a amava. Mas a distância seria o maior obstáculo entre os dois. Cartas e mais cartas foram escritas, porém Savannah não superou a distância e a falta que John lhe fazia. Mesmo assim o amor persistiu e venceu, mesmo que tudo nunca ficasse bem, eles sempre iriam se amar.

O que aprendi? Que o amor pode tudo, muda as pessoas e que ele chega da maneira mais inusitada e nos faz tomar as decisões certas, mesmo que pareçam loucas ou ridículas.
O amor de John pelo pai é fascinante, chorei demais e aprendi a olhar mais pro meu, porque as flores têm que ser dadas enquanto somos vivos, depois nada mais importa. E John faz isso. Todo amor que ele dedicou ao pai depois que conheceu Savannah, compensou os anos de rebeldia e desprezo.
Não imaginei que essa parte do livro fosse mexer mais comigo do que o relacionamento do casal. É a primeira obra de Nicholas Spark que leio e já virei fã, mesmo não admirando romances melados.

domingo, 17 de abril de 2011

RESENHA - AURA NEGRA


Rose enfrenta uma nova aventura, agora os Strigoi atacam diretamente e com a ajuda de humanos. Os Morois, praticamente, entram em desespero, agrupando-se em um hotel junto com seus guardiões e todos os alunos do colégio São Vladimir. A imaturidade de Rose, contando segredos que deveriam ser guardados, levam Mason a tomar uma atitude inconsequente, levando consigo outros dois amigos. É a hora da maior aventura de Rose, que chega a deixar Lissa de fora só pra salvar os amigos.

Mais uma vez Richelle Mead me deliciou com uma excelente história. Já virei fã da série desde o primeiro volume. A história é tão cativante que sofri junto com Rose todos os sentimentos que ela passa: raiva, ciúme, ódio, frustração. Dificilmente choro com um livro e Richelle conseguiu isso. Dimitri continua extremamente sedutor e atencioso e o relacionamento deles até esquenta um pouquinho mais, porém ainda espero ver esses dois se entregando à paixão de uma maneira louca e inconsequente, como só Rose consegue fazer.
Sem palavras, o livro é ótimo!

RESENHA - FALLEN


Daniel é rude, ele a salva de uma estátua que cai em cima dela e depois sai andando, ele a tira do perigo chegando de carro como se fosse um príncipe num cavalo branco, se irrita quando ela ganha presente de seu rival, eles ficam juntos numa clareira, ele é gentil quando estão sozinhos, Daniel diz que eles não podem ficar juntos, Luce é uma boba, Daniel não é humano, ela é. Muito parecido com um livro de vampiros que muitos leram? Também achei... Mas quase no final, a explicação que Daniel dá à Luce torna a história muito interessante!
Lauren Kate me fez lembrar de Stephanie Meyer com Fallen, mas tenho que admitir que o final me trouxe batidas intensas no coração. Foi ótimo ler toda a aventura e a traição de Sophia, toda a guerra entre os anjos e a fuga de Luce. Agora vejo que foi muito bom não ter desistido de ler até o fim do livro.
Cam, apesar de estar do lado mal dessa história toda, é forte e encantador. Foi, de longe, o personagem que mais me encantou e que tornou a história de Fallen muito mais atrativa.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

RESENHA - DE TODO O MEU SER

DE TODO O MEU SER - MÔNICA DE CASTRO


Marianne não era uma criança normal, ela era capaz de ver espíritos e outras entidades. Só dispunha de um único amigo, Ross, o primo que cresceu junto com ela. Agressiva e atormentada, apenas o primo tem a capacidade de acalmar o coração de Marianne e fazê-la eraciocinar entre o certo e o errado. Após a separação dos dois por Lilian, madrasta de Ross que odiava Marianne, a garota surtou e foi declarada como louca e internada num hospício, maltratada pelos antigos métodos que os médicos psiquiatras inpunham aos pacientes e pelos espíritos das trevas que tomavam conta dela. Um único sentimento era capaz de abrandar tudo que ela sofria: o amor por Ross.

Confesso que não esperava ter me apaixonado tanto pelo livro e que, quando o peguei pra ler, fiz de má vontade. Paguei pelo meu mal juízo. Mônica de Castro escreve de uma maneira que cativa, envolve, seduz. Direta com as palavras, apesar do livro ser enooooorme, a história me prendeu de tal maneira que li De Todo o Meu Ser em apenas sete horas. As lições que tirei sobre a vida de Marianne, sobre a força que o amor exerce entre duas pessoas, levando a todas as consequências, me fez refletir bastante sobre esse sentimento em todos os sentidos: amor de mãe pelos filhos, de primos, de amantes...
Simplesmente fantástico!





quarta-feira, 13 de abril de 2011

RESENHA - O ESPELHO

APOIANDO OS TALENTOS NACIONAIS, FAÇO A PRIMEIRA RESENHA DE UM AUTOR BRASILEIRO - CARLOS NEVES.




UMA VIAGEM ASTRAL - Alfredo – Zoltah – é um espírito preso dentro de um espelho e sem comunicação, além de sua visão, com o mundo humano. É encaixotado por um tempo, até que Andreína, filha do antigo dono do objeto, o tira de seu cativeiro e o expõe no hall de sua sala de visitas. Num certo momento, Andreína escuta o espelho se comunicar com ela e chega a se assustar. Depois, enfrenta tudo com coragem e, ali, diante do espelho, inicia uma amizade fascinante.

Não é o tipo de livro que estou acostumada a ler. Em certas horas chegou a ser um tanto cansativo, mas foi de um aprendizado impressionante na hora em que mais precisei. O diálogo é “politicamente certinho” e nada coloquial. Carlos Neves me surpreendeu ao se mostrar um grande pensador e conhecedor de um mundo, até então, oculto pra mim.
A história é boa, mas precisa ser melhor trabalhada. Explicações que Alfredo dava à Andreína seriam melhor aproveitadas se a conversa entre eles ocorresse com mais perguntas e “interrupções” da parte dela. Houve, numa dessas explicações, um parágrafo de duas páginas e meia só com Alfredo tagarelando. O assunto, como eu disse, é interessante, mas precisa de interrupções pra chamar a atenção do leitor.
Enfim, o livro realmente me ajudou a entender o ponto de vista do autor em relação ao mundo místico e espiritual, e a entender que tudo tem um porque, que nada na vida acontece simplesmente por acaso. Porém, a maior e mais simples lição que tirei desse livro foi: SOMOS RESPONSÁVEIS PELOS NOSSOS ATOS E PAGAREMOS POR CADA PASSO QUE DAMOS, AGORA OU DEPOIS, MAS PAGAREMOS

RESENHA - O PISTOLEIRO


EM BUSCA DE SI MESMO - Roland corre um mundo apocalíptico, como a mesma Terra em que vivemos, só que como se estivesse em outra dimensão, em busca de um ser que o atormenta. No caminho ele encontra pessoas que nem ama e nem odeia, pra ele são apenas pessoas... Na sua jornada ele se depara com um garoto, esquisito pra Roland, normal pra nós, que o segue. E esse se torna o maior tormento do pistoleiro, ele começa a se afeiçoar por tal figura.

Na minha opinião, Jake, o garoto que Roland o deixa seguir a mesma jornada, é o foco principal desse primeiro livro, a chave pra entender onde o pistoleiro se encontra e que sua vida segue por caminhos tortuosos que ele mesmo criou.
Escrito com maestria, o volume um dessa saga, não deixa nada a desejar. Uma história que te segura a cada frase, desde o começo até o ponto final da última página. A confusão de Roland, sua infância, sua coragem e audácia,fascina e deixa aquele gostinho de quero muuuuuuito mais.
Nenhuma palavra é suficiente pra fazer uma boa resenha que chegue à altura da maestria de Stephen King - o rei das palavras!

domingo, 10 de abril de 2011

CONTO - SAUDADE DE VOCÊ


SAUDADES DE VOCÊ
O relógio marcava 17 horas e 29 minutos. E não sairia mais desse horário. Ficaria assim pra sempre. Estava quebrado. Caiu da parede e parou de funcionar. Sempre seria 17:29 horas naquele relógio de parede. Isso há exato um ano.
Eu só queria que ele estivesse aqui e visse meu sucesso, visse onde eu conseguir chegar. Esse é um daqueles momentos em que toda pessoa famosa se pergunta: “O que eu tô fazendo aqui?”
Apesar de todo luxo e glamour, ele não estava presente e eu não tinha motivos pra comemorar. Eu não tinha conseguido provar pra ele o que eu tava preparando antes dele partir. Ele nem esperou pra me ver colher o fruto de tardes inteiras colocando minhas imaginações no papel. Eu queria ter mostrado que eu era capaz, eu queria ter dito qual era o meu segredo, o que eu ficava fazendo enquanto me trancava e sentava na frente do computador todas as tardes.
-Sinto sua falta, – sibilei pra mim mesma – muito mesmo. Morro de saudades de você, pirralho ruivo.
Olhei meu relógio de pulso. Exatamente 15 horas. Hora de sair de casa e enfrentar meu compromisso. Não estava nem um pouco à vontade nem empolgada com a ocasião. Mas eu tinha que ir. Afinal, eu era a estrela da festa!
Chego na recepção do luxuoso hotel e me dirijo ao salão do restaurante principal. É neste local que acontecerá a festa de entrega do meu prêmio.
Outros colegas de profissão, que também serão homenageados, chegam e se acomodam. Falam comigo, mas eu não presto atenção em nada. Apenas aceno com a cabeça enfeitada com um sorriso falso. Na verdade eu estou flutuando de volta pro passado, pro mesmo dia em questão, o dia do meu aniversário. O dia que aconteceu a pior tragédia da minha vida. E também o dia em que todas as portas se abriram. As portas do sucesso e da minha imaginação, assim como as portas pra uma grande tragédia.

Era oficial. Passava da meia noite, já era o dia seguinte. Exatamente o dia 20 de julho. Meu aniversário. Não que eu quisesse comemorar. Não queria mesmo, mas isso é inevitável quando se tem amigos e família.
O problema nem era o fato de ficar mais velha – se bem que, confesso, isso me incomodava e muito – o problema era tudo o que estava pra acontecer. Não que eu soubesse de antemão, porque eu não sou nenhuma vidente nem nada do tipo. Mas é fato! Sempre acontece algo de ruim, de muito ruim, nesse dia. Todo ano. Sem nunca pular nenhum, o destino me persegue, me sonda, me ataca.
Não posso reclamar, afinal de contas, eu to aqui viva. Mas só pra te contar as coisas mais trágicas de uma lista de 33 itens e deixar você com a certeza, ao final dessa história, concordando comigo de que eu sou uma pessoa muito azarada.
Bem, dentre todas as merdas que acontecem nesse dia, algumas são mais marcantes que outras. Tive meu carro roubado num ano, me arrebentei toda num acidente em outro ano – tive que aparecer na minha própria festa de aniversário com a perna e braço engessado. Ah, sim, eu tava linda! Aff... – fui assaltada e mais um montão de coisas. Já aconteceu de tudo no dia 20 de julho. Acredite, é fato!
Claro que esse ano não seria diferente. Eu já estava até preparada. Aliás, faziam três dias que eu esperava algo acontecer. Por isso mesmo, eu decidi viver as vinte e quatro horas desse dia totalmente acordada.
Eu esperava uma tragédia leve, do tipo cair e quebrar um braço, ser atropelada, levar um socão na cara sem saber de onde veio (por favor, já to acostumada com essas coisas, como eu disse, é normal... acontece. Pelo menos comigo acontece). Mas eu não esperava pelo que aconteceu de verdade. Ah, isso não mesmo.
Só pra você entender melhor os fatos e voltando ao que interessa de verdade: passava da meia noite, eu estava tomando banho e tentando esquecer essa “tradição” do destino de me pregar uma peça e me machucar todo dia 20 de julho. Foi nesse momento que senti que tinha alguém ali no meu banheiro.
Tá, eu devia ter pirado, eu sei. Mas não pirei. Não tive medo, não gritei e não fiz nada além de falar:
-Oi, vó.
Só pra constar: minha vó tinha morrido há uns dez anos atrás, mais ou menos. Com oitenta e tantos anos. Mas ela tava ali vestida num terninho cinza com a saia bem alinhada, uma blusa branca de um extremo bom gosto, uma carteira bonita nas mãos, um chapéu sem abas, cabelos castanhos muito bem presos num coque elaborado. Parecia ser mais nova que eu e usava um batom cereja. O que isso tem de mais? Ora, é minha vovozinha. E ela tava mais magra e mais bonita que eu. Sua pele claríssima era lisinha e seus olhos azuis eram fascinantes.
Eu nunca vi uma foto da minha vozinha quando tinha essa idade. Mas eu sabia que era ela – até porque ela respondeu à minha saudação.
Eu não costumo ver almas penadas por aí não. Na verdade foi a primeira vez. Foi por isso que eu achei que essa era a “tragédia do ano”. Era só que me faltava. Ver minha vovozinha morta ali no meu banheiro, enquanto eu secava meu cabelo e me vestia. Bem, já que ela tava ali e eu nem tava com medo dela nem nada, continuei com o papo.
-Precisa de alguma coisa? Posso te ajudar?
-Vim buscar meu filho.
-A senhora tem que ser mais específica. Esqueceu que foi mãe de sete filhos? Sem contar os outros sete que morreram quando eram crianças. Pra eu poder te ajudar, a senhora vai ter que falar qual dos seus filhos a senhora veio buscar – falei naturalmente, como se ela fosse uma pessoa viva.
-Não sei, ele tava comigo e largou da minha mão e saiu correndo.
Isso era uma boa notícia afinal. Significava que o filho que ela vinha buscar já tava no além com ela. Não era nenhum dos que ainda estavam vivos, incluindo o meu pai. A notícia que eu não gostei muito foi o fato do pirralho vir se esconder na minha casa. Eu não tava nem um pouco afim de lidar com uma criança morta.
-Se eu o vir, eu digo que a senhora o procura, certo?
E quando olhei de volta ela já tinha sumido. Dei de ombros e fui pro meu quarto decidida a passar o resto da noite acordada lendo algum romance. Grande erro! Apesar de ser meu hobby preferido, a leitura deu um sono danado. Desisti da minha idéia. Coloquei o livro de lado, apaguei a luz e me deitei.
Foi nesse momento que escutei uma voz fininha que me perturbava. E mãozinhas pequenas me sacudiam pra não me deixar dormir.
-Nessie, acorda. Levanta. Nessie. Nessie.
Impossível dormir! Olhei pra ver quem era e vi um garotinho branco como cera com os cabelos ruivos encaracolados e lindos olhos azuis. Ele vestia um pijama listrado igual aos dos “Bananas de Pijama” e pantufinhas bem fofas.
-Que você quer? Tô acordada. Para de gritar e me diz o que você quer.
-Procuro o caminho de casa.
-Ah, meu amor, não dá pra te ajudar. Olha bem, tô viva e você tá morto. Não posso pular essa cerca não. Vai procurar tua ajuda em outro lugar.
Deitei de novo e me enrolei no meu cobertor quentinho. Mas ele insistia.
-Nessie, me ajuda, vai.
Abri os olhos e falei com ele de novo.
-Olha, pirralho, pra eu te ajudar eu vou ter que morrer e...
Nem terminei a frase. Então esse seria meu destino desse 20 de julho. Eu ia morrer. Era isso. Minha vó apareceu e depois esse pirralhinho querendo que eu o levasse pra além do cabo da boa esperança. Eu ia bater as botas!
-Caraca, eu vou morrer, não vou?
-Não, Nessie, – ele riu – eu vou ficar aqui até você acordar amanhã e me ajudar a achar o meu caminho.
-Hã?
Juro, não entendi porra nenhuma do que o pirralho falava, mas eu tava morrendo de sono e se ele fosse ficar quietinho, eu não ia nem me incomodar em ter um fantasminha camarada no meu quarto.
Deitei de novo e ele deitou do meu lado e acariciou meu rosto até que eu dormisse. Mas antes de dormir, dei uma última olhada nele e vi olhos azuis tão familiares, tão brilhantes, mas não lembrava quem era o dono de um olhar igual ao dele.
-Você não vai morrer, Nessie. Não hoje, pelo menos – ele falou com uma ternura impressionante.
E ele acariciou meu rosto até que eu dormisse...

Senti uma brisa fresca tocar meu rosto, mas me recusei a abrir os olhos. Eu ainda tava morrendo de sono. Não tinha dormido o suficiente.
Me lembrei do sonho da noite passada. Lembrei de ter sonhado com a alma – versão mais nova – da minha vovozinha e de um pirralhinho ruivo. Eu não ia voltar a dormir, mas não ia me levantar naquela hora.
Alguém puxou a minha mão.
-Nessie, acorda.
Abri os olhos e vi o pirralhinho ruivo ali deitado bem do meu lado.
-Caraca, moleque! Tu não era sonho não?
-Não. Já fiz o que tinha que fazer.
-O que? – perguntei bocejando enquanto eu me sentava.
-Achei o caminho de casa.
-Que bom. Vai me deixar em paz?
-Vou.
-Então tá.
-Tenha um feliz aniversário – ele falou rindo e deixando suas bochechas rosadas mais redondinhas.
-Obrigada – respondi indiferente. Na verdade eu queria que ele saísse dali o mais rápido possível.
-De nada. Adeus, Nessie.
-Falou, pirralho.
E fiquei olhando enquanto ele saía da minha cama e ia em direção à porta do meu quarto enquanto sua imagem ia ficando translúcida. Ele parou e me deu um último olhar e um sorriso. Então ele falou mais uma vez comigo.
-Lembre-se da hora.
-Que hora? Hora de que?
-A minha hora, 17 horas e 29 minutos.
Então ele sumiu de vez. E eu nem tinha perguntado o nome dele.
Balancei a cabeça e verifiquei as horas no meu celular.
-Pirralho burro. São oito e meia da manhã e não cinco e meia da tarde.
Bem, decidi esquecer isso e não contar pra ninguém – até porque ninguém ia acreditar e ao invés de ganhar presentes, eu ganharia um atestado de doideira, com certeza.

Eu tava terminando de enfeitar meu bolo com raspas de chocolate e cereja quando meu pai chegou com um presente nas mãos. Fato raro! Por que? Porque ele é tão desligado que nunca sequer se deu ao trabalho de comprar um presente pra ninguém! Era sempre minha mãe que se preocupava com isso. Mas nesse ano, ele resolveu surpreender à todos. Até a mim mesma.
Abri o pacote e olhei pra ver o que era meu presente. Um relógio de parede que combinava perfeitamente com a decoração da minha sala.
Nem preciso dizer que eu amei! Na mesma hora eu coloquei as pilhas e o pendurei num lugar de destaque e fiquei admirando meu presente.
Agradeci ao meu pai – ainda surpresa com a atitude dele.
-É simples, mas é de coração – ele deu de ombros.
-Não, sério, obrigada mesmo. Eu gostei muito do relógio.
Percebi que ele escondeu um sorriso de satisfação. Meu pai era assim, meio brincalhão e tudo, mas não demonstrava sentimentos nenhum pros filhos. Não que ele não nos amasse, ele amava sim, e muito. Mas esse era o jeito dele, não demonstrar o que sentia.
-Volto mais tarde pra comer o bolo – ele falou.
-Vou ficar esperando – respondi quase gritando porque ele já tava abrindo a porta e saindo.
Eu só não sabia que ia ter que esperar tanto pra comer o bolo com ele...

Assim que passei pela porta que dava da cozinha pra sala, o relógio que eu tinha acabado de ganhar do meu pai caiu e quebrou. Caiu. Assim, do nada. Senti um aperto no coração. Não entendi. Acho que eu gostei do relógio mais do que eu imaginei.
Mesmo vendo que ele não funcionava mais, eu o coloquei de volta na parede e fiquei ali parada feito uma retardada olhando pra ele. Eram 17 horas e 29 minutos. Foi a hora em que o relógio parou pra sempre.

Meu pai não apareceu pra comer o bolo. Ele morreu. Exatamente às 17 horas e 29 minutos. E o pior de tudo, foi que ele me avisou. De certa forma ele me avisou.
Primeiro recebi o telefonema da editora que aceitou publicar meu livro. Uma história de anjos e demônios. Depois recebi o telefonema com a notícia mais trágica da minha vida.
E fiquei ali, parada, imóvel, olhando pro relógio...
O menino ruivo era ele. Minha avó tinha mesmo vindo buscar seu filho. Meu pai tinha achado o caminho de casa. Acho que no além todos ficam mais novos... eu só vou saber com certeza quando chegar lá.
E eu tava ali parada olhando pro relógio parado. 17 horas e 29 minutos pra sempre. Nunca mais ele sairia desse horário. Nunca mais sairia da minha parede.
Senti mãos suaves me abraçando. Era minha mãe. Só ela foi capaz de me tirar dali. Só ela foi capaz de me fazer chorar todas as lágrimas que estavam trancadas dentro de mim. Mas já não eram mais 17:29hs. Já passava das nove da noite. E eu tinha que enfrentar a realidade de um velório.
Foi a pior noite de todas que já vivi.
No cemitério, enquanto o corpo do meu pai descia pro túmulo eu escutei alguém me chamar. Foi só um “Psiu”. Mas foi o suficiente pra me fazer olhar.
Vi a minha vó do mesmo jeito que ela estava quando apareceu no meu banheiro e o garotinho ruivo que tava no meu quarto dando a mão pra ela. Os dois pareciam felizes e sorriam pra mim. Eles acenaram alegremente e depois sumiram. Então eu percebi que ele estava bem. E segui minha vida...

Eu ainda esperava pela praga de todo dia 20 de julho. Mas até o momento nada. Vi meus colegas receberem seus prêmios e eu recebi o meu. Mas ainda tinha que enfrentar um coquetel depois de toda essa palhaçada. Eu não ia ficar. Tinha mais o que fazer.
Enquanto todos estavam distraídos com falsos abraços e falsos elogios, eu me levantei e saí. Na verdade, eu corri sem rumo. Por que? Vai saber, neh. Só sei que corri. Cheguei na rua e continuei correndo até ser atingida por um carro. Nem senti dor. Nada. Só me lembro de estar caída e com muitas pessoas desesperadas em volta. Olhei pro lado e vi mesmo garotinho ruivo que estava no meu quarto nesse mesmo dia há um ano atrás. Ele sorriu pra mim e apontou pro relógio que tava no meu pulso. Consegui reunir forças pra me mexer e ver as horas. 17 horas e 29 minutos. E minhas forças acabaram de vez e eu fechei meus olhos.

A mesa estava posta com um bolo enfeitado com raspas de chocolate e cerejas. Ele estava sentado lá com seus cabelos grisalhos e seus lindos olhos azuis. O jardim em volta era exatamente como os folhetos que pessoas religiosas distribuíam pra mostrar como seria o paraíso. Não. Era muito mais bonito!
Eu me aproximei e ele se levantou e puxou a cadeira pra mim. Depois voltou a se sentar e me olhou com seus lindos olhos azuis.
-Por que demorou tanto pra vir comer seu bolo? Senti sua falta. Feliz aniversário, Nessie. Bem vinda ao paraíso.

AS BRUMAS DE AVALON - LIVRO 2

Continuando essa incrível saga, segue a resenha do segundo volume:


A grande rainha - Morgana - Forte e destemida, decidida e livre. Assim é Morgana das fadas, irmã de Arthur, apaixonada por Lancelote, a que seria sacerdotisa de Avalon. Mesmo com seus medos e seus pensamentos perdidos na paixão pelo belíssimo Lancelote, Morgana ainda se mostra superior à grande rainha, não porque ela quer, mas porque essa é ela, que se faz amar, se faz notar e ser admirada por todos, mesmo estando em farrapos e perdida.
A rainha parece melindrosa e fraca, mas se mostra falsa e intransigente, faz seu rei quebrar uma promessa ao povo das fadas e seus olhares não ficam somente no leito real.
Triângulos amorosos marcam esse segundo livro da série. Moragana/ Lancelote/Kevin e Gwenhwyfer/Lancelote/Arthur. Mas sempre teremos o belo primo abalando as relações, sempre veremos o filho de Viviane fazendo uma das pontas desses romances...
Um herdeiro de Arthur é escondido, assim como as lembranças do dia em que foi gerado.
Vergonha, amor, traição e mágoas. Guerra, religião e domínio. Com esses ingredientes viajamos até a corte do sedutor rei Arthur e nos deliciamos na gostosa aventura do fictício rei da Inglaterra e o mundo de Avalon.



AS BRUMAS DE AVALON

Olá, pessoal!!!

Começando o blog novo com a série que mais amo: AS BRUMAS DE AVALON.
Sou apaixonada pelo rei Arthur e não poderia jamais deixar de ler e  resenhar a obra de Marion Zimmer Bradley.
Nessa coleção vemos a tragetória das grandes mulheres que fizeram parte da vida dessa figura fictícia, mas estremamente encantadora.
O primeiro volume conta toda a saga de Viviane e Igraine até chegar na grande feiticeira Morgana, mulher admirada em meus sonhos. Estou relendo o quarto livro da série e, como sempre, fico encantada com as palavras da autora. Acho essa mulher o máximo e me delicio com suas aventuras.
Bem, sem mais delongas, vamos à resenha do volume 1 - SENHORA DA MAGIA.



O PODER DAS MULHERES - Numa época em que o machismo imperava ao lado do fanático cristianismo, as mulheres eram apenas "adornos" aos seus "donos". Mas isso não se dava com todas. As mulheres de Avalon, as sacerdotizas desse reino perdido, eram diferentes. Elas não reverenciavam, eram reverenciadas, eram a imagem da deusa, a força que comandava toda a Bretanha, com a magia e com o apoio do Merlin.
Viviane, a grande sacerdotisa do povo marcado, a senhora de Avalon, traçou o destino de Uther Pendagron, rei da Inglaterra, com o de Igraine, trazendo à existência o jovem Arthur.
Com o destino selado, Morgana, meia-irmã do novo rei, se vê com parte do destino de Arthur em seu ventre e uma paixão fortemente controlada pelo seu primo Lancelote. Fugindo da ilha de Avalon, Morgana muda tudo o que Viviane havia traçado pra ela e Arthur.

Sem palavras... Arthur é meu herói! Ver a força das mulheres nessa história só me faz correr... pra ler o segundo!